Chove lá fora, mas estou inquieto e quero sair. Penso em mil coisas e nesses mil pensamentos, todos se relacionam à você. Odeio me sentir assim, tão ligado à sua presença, perturbado ao ponto de ficar fraco psicologicamente. É uma quimera que me entristece. Preciso me colocar em primeiro plano, deixar de correr atrás do que está sempre na minha frente e fora do meu alcance. Não há mais nada para se fazer, nem o que dialogar. Vou sair com a tristeza em meu semblante na tentativa de esquecer a sua importância em minha vida.
Veja, olhe a tristeza nos meus olhos e como me sinto ao saber que não está nada bem onde estamos. Não me sinto capaz de fazer algo visível e que faça você mudar de idéia e
abstraía todo sofrimento de nossos corações. Tudo foi repentino e traiçoeiro que me jogou, com minhas condições psicológicas, num poço sem fim. Não sou mais o mesmo, sinto saudade de casa e de minha infância; nela eram as mil maravilhas. Agora sou homem, preciso de emprego e dinheiro, tenho uma linda garota, e que pretendo cuidar dela.
Tudo é fase, creio eu. Um dia tudo ficará do jeito quero e essa tristeza vai passar...
June tinha o cabelo preto, a pela branca, a quinta essência e os seus lábios rosados e carnudos.
Ela era legal, meiga, amável e descontraída. Abusava na maquiagem, tinha o motivo: O seu primeiro amor...
É aquele que quando o coração sai pela goela, adianta os passos para abraçar e demonstrar todo afeto que possui, que faz planos para tentar fugir de casa e falar do bolo de casamento, aquele relacionamento que não tem rotina, é contar um para o outro todo do que gostam e, num mp3, dividindo o mesmo fone, escutar suas músicas favoritas.
Mas como a vida é um baú cheio de surpresas e que sinônimo de mudança não quer dizer melhoria...
Fui pego de surpresa. Acabou. Lágrimas queriam sair queriam sair dos olhos, mas resistiu ao golpe. O coração estava incrédulo e triste ao mesmo tempo; acelerado. Chorando, June pediu para que Paul chegasse mais perto para ela sentir pela última vez o seu cheiro.
Deu um beijo demorado e disse:
- Eu te amo e nem a eternidade fará com que eu se esqueça de você. Porque você faz parte de mim e eu faço parte de você... Só escolhemos o tempo errado, adeus.
June foi embora e Paul ficou, com sua vida normal, mas preso às lembranças do passado.
Vi em seus olhos o que nunca vi quando estávamos juntos. Acho que fiquei feliz com isso, com o seu olhar impetuoso e agonizante a me ver partir. Já é tarde e não podemos mudar os paralelos de nossas vidas.
A sua fotografia ainda se encontra em minhas coisas, é questão de tempo para ela sumir. Não é hora de assumir erros e falar os defeitos, pois sabemos que é tarde e o tempo foi curto.
Cansado de tentar te fazer feliz, desisto, com o coração partido, de uma vez de sua pessoa. Nunca me ligava, nunca mostrava ternura por mim, apenas fingia que estava ali. Não quero ter razões pra chorar, junta as minhas coisas que vou mandar alguém ir buscar. Posso viver melhor só do que você a me dar só tristeza. Não te desejos mal. Quero que ame e descubra o que é realmente o amor, que não sofra e, se sofrer, saiba perdoar, assim como te perdoou.
Não sei o que pensar. Acho que não tenho no que pensar. É, não posso pensar em mais nada. Vai embora e esse pode ser o último adeus. A vida não estava no tempo certo, o ano era o errado, o dia não era outono, a hora estava errada, o amor se precipitou. Escrever os nossos nomes no meu violão, em todas as páginas de caderno, na nossa primeira foto juntos, era a nossa mania de pensar que fazendo isso com o que mais passávamos tempo, não esqueceríamos um do outro. Vou com tudo o que há de bom em mim, não vou ficar triste. Quero te ver feliz aonde quer que esteja e quando lembrar de mim, lembrarei de você.
Por onde anda, com quem está, pra onde foi? Parecia tão segura de si que nem me preocupava. Estávamos felizes, a química na cama, o gosto maravilho dos beijos quentes que trocávamos, as palavras doces, as músicas que fazíamos um para o outro, era tudo perfeito. Mas você se foi... Sem deixar explicações. Não sei se está bem, se está com alguém e se ama esse alguém. Tenho bebido para esquecer, mas não tenho muito sucesso, estou saindo mais com os amigos, mas não tenho motivos pra rir. Mande um e-mail, uma carta ou um telegrama, mas não me deixe sem explicações.
Deixe, arrumo toda a bagunça e junto os pedaços do que sobrou. Vai embora, mas sei que volta. Não é besta, nem criança. Você me ama. Vá em paz, mas não esquece de mim, porque sou sua paz. E em cada lugar que for estarei lhe sentindo. Brigamos, nos chateamos, mas nos amamos. Vai, o que você precisa é de tempo, e tempo vou te dar, o quanto você precisar para sarar a ferida. Não se aborreça, vai passar, sabemos disso. O abatimento vai vir, o sofrimento vai aparecer, mas no começo é assim, é doloroso. Adianta, o dia está lindo e é todo seu; o sol, o mar, as flores. Por isso aproveite e se erga o mais rápido, para não sofrer.
Foi num show de uma banda qualquer, eu me lembro, em setembro, te conheci e passei a te amar. O dia era de primavera e as flores estavam deslumbrantes, dando mais beleza ao céu, que também estava impecável. Nos gostamos desde o primeiro olhar. Você, na época, tinha no cabelo cachos incrivelmente lindos, usava óculos e era magra; eu, estava com uma juba de leão na cabeça e como os nervos à flor da pele com a minha jovialidade curtindo rock. Ficamos juntos, passamos a estudar na mesma faculdade, cursando o mesmo semestre. Conhecemos pessoas maravilhosas, das quais construímos amizades inabaláveis ao longo da vida. Depois de concluirmos os estudos, comprei um apartamento, sem que você soubesse, não muito grande e com uma escova de dente, lhe pedi em casamento e resolvi ficar contigo para toda a minha existência. Casamos, tivemos filhos, construímos uma família linda, onde, mesmo com as dificuldades que enfrentamos nunca nos faltou amor, carinho e respeito. Estou lhe vendo agora e sei que não pode me ver, porque morri. Contra a minha vontade. Sentimos saudade um do outro, mas o amor prevalece porque estarei ao seu lado para sempre.
Caminhando, vou vivendo e vendo as dores pelas quais passei e os amores, os quais deixei. Me pergunto: E se fosse diferente? Acho que não estaria escrevendo isso agora. Amei loucamente e também fui amado; chorei cargas d'águas e fiz com que chorassem por mim; traí inconsequentemente e fui traído; fiz alguém feliz como nunca foi na vida e fui feliz por pessoas maravilhosas, algumas não sabe o quanto significa pra mim, mas eu sei; ofereci profunda tristeza a quem merecia e a quem não merecia e também me entristeci; enganei por futilidades e fui engando pelo que comecei errado; magoei e, como toda ação tem sua reação, óbvio, fui magoado.Para onde estou indo? Não sei.O que ganho com isso? Pode até ser experiência na bagagem, mas acho que nada.Só vejo agora o que é bom pra mim, porque para quem gosta de “merda”, o mundo é um prato cheio e fundo.
Colorida de alegria como o céu, linda e cheirosa como orquídeas. Formosa, jeitosa e esperta. Uma doçura de deixar qualquer um apaixonado. Também é frágil. E um vacilo, posso perdê-la. Ah, será que está pensando em mim, em nós? Com uma flor,lhe ofereço a primavera com o meu bom amor e que possamos viver o suficiente para saber o que é realmente este...
Sinto afeto por você, mas não deveria. Tento me contentar como o que não acabo conseguindo, mas por dentro continuo querendo insistir em sonhos que machuca o meu coração. Quando estou só, até esqueço, mas quando aparece faz com que eu dependa mais de você do que de mim. Não tens motivos para maltratar-me e deve saber que a única pessoa que se importa contigo é a que mais você finge não ver.
Bom, galera. Estava morrendo de saudade de todos vocês que me acompanha e, também, de quem só dá uma olhadinha no meu blog, casa pré-fabricada... Estou de volta, com novos textos, contos e pensamentos e espero agradar a todos você Um grande abraço pra todos!
É que a vida passa e não quero ficar aqui sozinho; quero o ser o motivo para que você fique. Talvez tudo isso possa ser quimérico e que tudo acabei amanhã, quero ser o motivo pra que você fique feliz. Hoje o dia está bonito, então fique para que continue assim... Estou me expondo demais com isso tudo, e já está notório o meu afeto por você, basta abrir os olhos.
Como tudo é engraçado... Ontem mesmo estava eu feliz, sem preocupações, esquecido por todos, com um all star verde e uma bermuda feita de uma calça, com o cabelo bagunçado e uma barba falhada, lendo livros e pensando como ganhar dinheiro... Hoje todos estão de olhos no que faço... Isso levou a minha paz de um dia para o outro e agora para voltar ao normal vai ser algo difícil. Só olham pra mim quando faço algo errado. O poder de mandar é fácil e o de machucar com palavras são um piscar de olhos. Será que sempre vão olhar para mim quando eu não passar de ano, quando chegar bêbado em casa, quando não fizer o que mandaram, quando sempre achar que estou feliz demais? E o que tenho de bom, não conta? Não O que faço de bom, as minhas vontades, a necessidade de querer conversar é invisível aos olhos de quem só enxerga o lado “errado” de uma pessoa para julgar, condenar e colocar na guilhotina, como carrascos. Uma forma mais humana de se viver é o que preciso, o que necessito. A hostilidade me corrói, me machuca, me deixa frágil e acaba comigo como se não houvesse saída para isso que se chama vida.
Está chorando? Continue Está perdido? Siga em frente Se arrependeu? A vida é assim, de arrependimentos Está confuso? Tire a dúvida Está sozinho? Olha em sua volta Está sem sono? Leia um livro Está entediado? Faça sexo Está de ressaca? Beba mais uma cerveja Quer sofrer? Ame...
Me diz quando é que você volta que é para eu arrumar a nossa casa, não esqueça disso. O jardim é o melhor lugar onde gosto que você esteja. A grama está alta, as roseiras estão lindas e ao mesmo tempo com uma estranheza colossal, as orquídeas esbanjam cores e o perfume incessante faz pensar que você chegou faz tempo; o único problema é que o cão está mais magro e algumas ervas daninhas estão tentando tirar o brilho do que é nosso... E se não tomar cuidado, isso vai ser capaz. A casa continua a mesma: o porta-retrato com sua foto continuam na sala, os nossos livros estão espalhados por toda a casa, alguns com declarações de amor que fizemos um para o outro quando parávamos para ler; ainda continuo deixando as cinzas de cigarro fora do cinzeiro, o que você odeia, mas a falta que você faz é o que me faz ficar mais desleixado; a cozinha é pior parte da casa quando só está eu em casa, um caos; no banheiro ainda ta sua escova de dente toda colorida e que na ponta tem a carinha de um ursinho; no quarto, mais livros, e onde quero que você sempre durma bem, como todas as noites que passamos juntos vendo as estrelas e a lua agarradinhos... Por favor, não demore muito porque a saudade faz me sentir estranho. Volte com o amor que foi no coração para alegrar um pobre homem que ama.
Um olhar claro com tonalidade verde-claro; o sorriso inexpressível, com fragmentos metálicos; o abraço constrangedor e nostálgico; as perguntas formais e mais olhares; um beijo tímido e sem muito contato corporal; uma conversa sincera e engraçada e mais olhares e mais sorrisos. O intervalo acaba e o olhar claro com tonalidade verde-claro; o sorriso inexpressível e com fragmentos metálicos; o abraço constrangedor e nostálgico; as perguntas formais e mais olhares; um beijo tímido e sem muito contato corporal e mais olhares e mais sorrisos continuam presente em nós; estamos nos conhecendo.
A minha vontade de ser um rock star é a mesma vontade de te querer. A minha vontade de escrever um livro é a mesma vontade de te beijar. A minha vontade de entrar no mar é a mesma vontade de tocar seu corpo. A minha vontade de fugir de casa é a mesma vontade de ir parar em seus braços. A minha vontade de ver o sol é mesma vontade de acordar com você todas as manhãs. A minha vontade de querer falar o que sinto é a mesma vontade do medo. E não consigo me expressar...
Hoje a chuva veio para tirar o sofrimento de muita gente. Está um dia lindo e todos estão felizes em sua casa com uma bela xícara de chocolate quente, com o corpo coladinho na companhia mais agradável, a esposa; dando risada do apresentador do programa de sábado. E como a chuva veio para tirar o sofrimento de todos, também estou no bonde da alegria. Não to com uma xícara de chocolate em mãos, mas um uísque me acompanha; não estou com uma companhia, mas um cigarro faz com que me sinta distraído; não estou dando risada do apresentador de sábado, mas de minha cabeça sai pensamentos me fazem sorrir, como criança. Pensamentos e lembranças que não passam de lembranças. Foi num dia de chuva, como este, que passamos a nos gostar. Parecia loucura, o dia estava para nós. Os ventos estavam fortes, as ruas estavam alagadas, as crianças brincavam de bola e imitavam os supera-heróis, enquanto suas mães apareciam feitas vilãs para tirar elas da chuva magnífica que estavam presenciando; e eu, de longe, te olhava. Ela estava alegre, como todas as crianças, e parecia que queria cair na gandáia com os pequeninos. Sua beleza jamais tinha visto; de seus lábios saiam luz, sua pele fina e quase pálida, dava um ar glacial; seus olhos eram cor de gelo, penetrantes. Uma mulher diferente, de beijo avassalador e ternura sem tamanho. Ela sabia que a chuva viria, e por isso vestiu a roupa mais bonita do seu closet para dançar com a chuva, não para simplesmente se molhar. A magia daquela chuva faz com que me sinta feliz e abra um sorriso pensando no sorriso dela...
Entro no ridículo na ideia de tentar se diferente, mas não melhor ser que os outros. Livros me atraem e tem dias que fico triste. Amanhã é outro dia e me pergunto: será que amanhã vou ter coragem de falar com ela? Talvez, é o que penso. Ela me olha com seus olhos cor de mar, dar um sorriso e vai embora. A situação não é assustadora nem alarmante, mas me deixa com pensamentos de esperanças. O contato corporal não temos, mas mental estou certo que temos, sinto isso. E apesar do desconhecimento, me sinto curioso e feliz com o pouco que tenho e como que tento conseguir a cada dia, não em aflição e agonia. O momento é de paz, mas amanhã é outro dia e tudo pode está diferente; pode está chovendo e ela tenha a mim em sua cabeça como a tenho em meu pensamento.
Quando somos crianças, é quando temos nossos melhores sonhos. Um dia escolhemos ser astronauta, no outro bombeiro; na segunda queremos ser bailarina e na quarta modelo – aliás, podemos ser diversas coisas num só dia, quando somos crianças. Mas crescemos e descobrimos que papai Noel nunca vai aparecer e que o beijo é bom e que o amor é algo que é difícil de entender e nos faz sofrer. A vida passa, e estou vendo que os meus sonhos de criança já desapareceram quase totalmente e que o amor pode vir várias vezes à vida de uma pessoa – esse é o meu pensamento sobre o amor hoje e em diversas vertentes em mim. Lá fora uma rosa morreu, o palhaço chorou, uma festa acabou, um casamento chegou ao fim e um coração se partiu. Aqui dentro uma rosa nasceu, uma festa começou, o casamento alegrou e meu coração está feliz. A vida é assim, quando um está começando, outros estão terminando; quando um está triste, outros estão alegres; quando um ganha, outros perdem.
Quando menos esperar, vou estar com você. Nem que eu tenha que enfrentar dragões, guerras, nem que eu tenha que matar vilões ou derrubar impérios, vou estar com você. É o que mais quero. Abraçar-te, sentir seu cheiro, olhar nos seus olhos, beijar sua boca, ganhar seu amor e falar de tudo o que falávamos quando nos conhecemos. Abra as suas janela, que chegarei com o vento e o cheiro das orquídeas para te ver. Quando sempre fechar os olhos, vou estar com você.
Em todo o céu caminhei. Vi o clarão voluptuoso da lua, o espectro colossal das estrelas, o que me lembrou você. Vi a poderosa estrela Dalva, que aquece o seu corpo macio, frágil e delicado todas as manhãs... Seus olhos são da mesma cor que o dela. E andei pelas nuvens feito um paspalhão, incrédulo com a sensação de pisar nelas com os meus pés rudes, com alguns calos e cicatrizes, e sentir meu corpo leve. O céu é belo, admito, mas sem você lá, nada faz sentido, nada é alegria... É nostalgia.
Estou sempre me comportando como não me convém. Preciso crescer, e não deixar eles me oprimirem. Não... Uma mudança tem que acontecer. Não sou mais o garoto estúpido com quem eles lhe deram sempre. Eu mudei, e só estou seguindo conceitos, dos quais acho que é o melhor para mim. Sei que posso estar errado, que tudo pode não passar de um fracasso, mas tenho que tentar, mesmo que em meus olhos haja medo. Às vezes acho que a culpa por eles não acreditarem em mim, é a falta de conversa, pelo os meus erros, que são normais. Mas o que eles querem que de mim, o que querem que eu faça? Tudo um dia pode mudar. Um dia você vai está alegre porque você conheceu uma pessoa interessante, porque comprou um carro, porque você está apaixonado. Mas no outro dia você vai estar triste porque a pessoa interessante não é o que você pensava, porque seu carro foi roubado, porque a pessoa que você gosta te fez sofrer e não fez nada por merecer o seu amor... Tudo isso é óbvio, não acha? É. E por que nos abalamos tanto, se o certo era já saber que isso tudo iria acontecer? Porque não pensamos no lado ruim quando estamos alegres. Esse é o nosso erro. Mas como tudo é mudança, penso em pensar e fazer com que tudo seja do jeito que eu quero, ou, quem sabe, melhor do que posso eu imaginar. Mas estar sempre preparado para o lado de dentro quente e bom da minha morada e o lado frio e triste do meu jardim.
Quando decidi navegar ao seu lado, pensei que sempre seguiríamos os ventos que nossos corações pedissem, mas me enganei. Você colocou tudo a perder e disse que a culpa foi minha. Sempre você seguia por si própria e depois chorava nos braços de terceiros a dor e sofrer com nossas brigas. E foi aí que o naufrágio partiu nossos corações. Tudo poderia ser diferente, mas você continua se baseando em suas próprias conclusões, e me deixa ao léu, pensando que eu não tenho sentimentos, e que tudo o que eu faço e sinto, é mentira. Tudo foi perdido, tudo o mar levou, de tudo eu lembrarei, mesmo alegre. Enquanto isso eu vou navegando sem paz e eu nunca vou te esquecer, amor.
Ainda não me adaptei a viver sem você; que sempre me olhava com um sorriso que eu conhecia à metros de distância. Eu penso em tudo o que a gente viveu e tento juntar as minúsculas e as maiúsculas lembranças em que passamos juntos numa tentativa medíocre de ludibriar a tristeza que faz migalhas do meu coração. Estou em casa; a sala se encontra vazia, sem ninguém para desabafar, mas em minha cabeça só há um querer; você. Eu queria acabar com tudo isso que nos faz sentir mágoa um pelo outro, de querer matar aos poucos esse amor que é imprevisível. Toda a minha vontade é ter você do meu lado mais uma vez para uma vida inteira. Possa ser que as circunstâncias não estejam favoráveis para nós dois, que os nossos atos tenham nos condenados a vida toda, que o passado esteja sempre presente em nossa memória e que a gente se sinta culpado por não fazer nada, mas não cabe a nós querer o certo, sim ao destino.
Quando eu era virgem e ouvia o assunto sobre sexo, eu imaginava uma mulher bem gostosa de quatro, com seios fartos e um rosto e corpo perfeito. É legal falar assim, é o que penso. Também tinha desejo pelas minhas colegas, mas sempre às respeitei, sem falar na hora da masturbação.
Quando eu fiz sexo pela primeira vez, foi numa festa de aniversário. Eu não sabia que seria aquele dia como outro qualquer, onde eu dormia pensando no que pensar. E para falar a verdade, eu não conhecia a aniversariante.
Fui ao aniversário por intermédio de meu colega. Tinha vários conhecidos na festa, mas preferi ficar bebendo sozinho. Passaram-se algumas horas, então veio a surpresa...
--Se eu te disser que na festa eu pensei em sexo, estarei mentindo, mas eu fiquei sem motivo para pedir um preservativo ao meu colega que ia ver a namorada. Não sabia o que me aguardava. Arrependi-me amargamente por não ter pedido o “glorioso” preservativo.
A festa estava chata, muita gente e pouco ânimo. Então me direcionei ao Dj para pedir que colocasse uma música mais agitada. E foi nesse meu rápido surto de querer pedir para mudar a música que eu conheci ela. Não sei se estava ali pelo mesmo motivo que eu ou porque me viu se aproximar e veio me encantar, ou foi Deus que colocou eu e ela para se conhecer. Eu estava bêbado, e ela também, não a ponto de falar merda, então quis dar uma de responsável e legal com ela, para ver se ia me dar de bem na festa.
- Seu pai sabe que você esta assim?
- Meu pai não está na cidade!
- E sua mãe? Hmm!
- Não tenho mãe!
Não era o momento de perguntar se a mãe dela tinha morrido ou se tinha abandonado. Seria um idiota, completamente idiota.
- E seu namorado, sabe que você se encontra desse jeito?
- Eu não tenho namorado!
- Isso é bom para mim!
- Não sei... Não... Talvez!
Foi o que eu disse num olhar de grande interesse. E ela fala respondeu com um ar de “seja mais criativo, e você me leva”, com um sorriso bastante provocador. Ela voltou a encher o saco do Dj e eu fui tomar uma dose de uísque. Enquanto o uísque me queimava por dentro, olhava para ela o que ela estava fazendo. Ela dançava. E eu não sei o motivo pelo qual fiquei interessado nela mais do que antes. Ela dançava e brincava ao mesmo tempo. Sua pele era branca, mas acho que com o sol que havia tomado pela tarde, estava uma pele rosada, um sorvete de morango. Que analogia mais idiota. Mas não posso fugir da história. Pensei, virei o copo de uísque, e fui à direção dela.
- Quero ficar com você!
- Não, não dá!
Fiquei frustrado com a resposta infeliz que me dera, mas não abaixei a guarda.
- Por quê?
- Porque tenho três tias aqui, e elas estão de olho em mim!
- Se esse é o problema, vamos lá para fora. Lá ninguém vai ver nada e você pode falar que foi tomar um ar.
- Não, cara!
- Tudo bem, curta a festa!
Eu não queria ouvir isso e nem ela falar isso. Mas como eu disse: acho que foi Deus que a colocou no meu caminho. E para falar a verdade, Deus escreve o certo por linhas tortas. No local da festa só havia dois banheiros; um estava em reforma. O que estava funcionado tinha dois toaletes, e estava ao dispor de qualquer um; homens e mulheres.
Ela queria ficar comigo, mas não tinha lugar para ficar. Eu queria ficar com ela, mas não sabia um modo de convencê-la de ficar comigo na festa. Então pensei “vou dá a última cartada. Vou olhar para ela e me direcionar para o banheiro, se ela quiser, irá”.
Uma tentativa com êxito, mas ainda não tinha o que queria. Ela.
Entrei no banheiro, fiz minhas necessidades e quando sai, me bati de cara com ela. Demos risadas.
- E aí, vamos ficar? Eu to louco para ficar com você!
- No banheiro? Ta louco?
- Não vamos demorar!
- Ah, eu não sei!
Então eu tive que tomar uma atitude, porque se eu a esperasse ela falar um sim, poderia morrer esperando. Peguei-a em meus braços e dei um beijo. O primeiro beijo foi elétrico, muito agitado e com vontade, como se quisesse isso a muito tempo. Continuamos a se beijar. E beijar, e beijar. E uma força nos levou para dentro do toalete para nos sentir mais à vontade. E foi uma boa idéia. Enquanto eu deslizava em seu corpo, ela parecia estar em outro lugar, e ao mesmo tempo ligada em mim. Estávamos num ritimo frenético. Suados e com o nervo à flor da pele, fomos atrapalhados por umas garotas que estavam presentes na festa. Foi um castigo para mim. Justo quando estava mais quente do quê nunca. Enquanto as garotas falavam da festa, eu e ela nos olhávamos dando risada, e às vezes fazíamos carinho um no outro. As meninas saíram, então voltamos à nossa ficada ilícita vontade de prazer, mas praticada pela vontade e desejo de duas pessoas com álcool no sangue. Abri o zíper de minha calça. Ela começou a me masturbar, vice-versa. Ela queria transar. Não só ela, eu também. Mas a minha consciência já estava pesada. Eu estava sem camisinha.
- Cadê a camisinha?
- Não tenho!
Senti-me o cara mais burro, mais medíocre, e inútil do universo. Uma vergonha.
- Sem camisinha não dá! Vamos sair, já está na hora de eu ir. E minha tia já deve está me procurando!
- Calma, não vamos agora. Você não está gostando?
- To, mas você é foda. Como você sai sem camisinha?
- Eu não sabia que isso ia acontecer!
Voltamos a se beijar... Mais um grupo de idiota entrou no banheiro.
Demoraram mais do que deviam. E quando saíram dei graças a Deus.
Beijos, beijos, beijos...
- Você está me deixando louca, vamos parar!
- Está tão bom!
- Eu sei, mas eu não vou me controlar!
- Ta, tudo bem, pode ir!
- Você esta me dispensando?
- O que posso fazer se você quer ir?
- Eu não vou agora, venha cá!
Então a beijei e disse:
- Eu sou virgem. Só vamos fazer o que você quiser. Estou aqui para obedecer, não para lhe força a nada. Eu sei que errei imperdoavelmente, por isso não vou te obrigar a nada, só vou fazer o que você quiser. Isso inclui transar!
Passei segurança para ela, o que faltava era isso. E agora ela estava disposta a querer transar. Estávamos molhados de suor, o zíper de minha calça aberto, minha mão estava debaixo do vestido dela e o inesperado para mim, ia acontecer. Cheguei a pensar em lugares onde eu poderia transar, mas não dentro de um banheiro com alto fluxo de pessoas. Isso era a coisa mais legal de minha vida. Ela pegou o meu pênis e colocou em sua vagina.
- Me coma!
Foi o que ela disse. Enquanto a gente transava, várias pessoas passavam para usar o recinto. Mas estávamos tão ligados ao que estávamos fazendo, do que como as pessoas que passavam ali. A gente não estava ligando.
Enquanto eu estava num estado animalesco, tipo homem das cavernas ela disse:
- Não temos nomes?
- Temos, por quê? Algum problema?
- Qual é o seu?
Eu ia para cima e para baixo, e ela estava pedindo mais.
- Meu nome é Felipe, e o seu?
- Iasmim!
- Não é à toa que você parece uma flor!
- Engraçadinho!
- Você acha?
- Engraçado, gostoso e cafona!
- Não me deixe sem graça!
Bateram na porta. Era meu amigo.
- Desculpa aí, mas já está na hora. A sua tia está lhe procurando, Iasmim.
E limpem o suor que está no corpo de vocês, porque está evidente o que vocês estavam fazendo!
- Ta tranqüilo, Eduardo, já estou de saída!
Fiquei triste, mas já tinha se passado uma hora, e ela tinha que voltar para festa.
- Amanhã vai está na cidade?
- Não, vou para casa. Eu já deixei meu número em seu celular!
- Ah, então ta, quando vier aqui, avise. Sua tia deve está brava contigo, adiante!
- Tchau!
- Tchau!
Não cheguei a gozar, mas dei bastante prazer para ela, o que é bom.
Sai do banheiro e Eduardo veio direto falar comigo
- Felipe, é melhor você ir, porque a tia de Iasmim percebeu o que vocês fizeram lá e ta com a vontade de te matar. Vá para casa, que eu vou fazer sua cama aqui. Vou falar que só foi beijo e que você é um cara direito.
- Ta certo, vou para casa. Depois eu te ligo!
- Tudo ótimo!
- Eduardo?
- Oi!
- Nada não. Tchau!
- Tchau. E ver se dorme, viu?
E o resto da noite foi de risos e lembranças. Cheguei em casa, tomei banho e fui ler e pensar como a vida é imprevisível e que em situações impensáveis, temo que escolher o que é bom ou ruim. Eu só pensei no meu prazer, não nas possibilidades de perder a minha juventude ou engravida-la. Estarei mentido dizendo que me arrependi, faria tudo de novo, mas sempre que eu sair, vou pensar duas vezes dez vezes de agir.
