domingo, 24 de janeiro de 2010

pensamento

Quando a vida nos oferece um mar de dúvidas, é melhor não cair no mar.
E quando as dúvidas são evidentes, mude a rota de sua vida!

tudo perdido




Quando decidi navegar ao seu lado, pensei que sempre seguiríamos os ventos que nossos corações pedissem, mas me enganei. Você colocou tudo a perder e disse que a culpa foi minha. Sempre você seguia por si própria e depois chorava nos braços de terceiros a dor e sofrer com nossas brigas. E foi aí que o naufrágio partiu nossos corações. Tudo poderia ser diferente, mas você continua se baseando em suas próprias conclusões, e me deixa ao léu, pensando que eu não tenho sentimentos, e que tudo o que eu faço e sinto, é mentira. Tudo foi perdido, tudo o mar levou, de tudo eu lembrarei, mesmo alegre. Enquanto isso eu vou navegando sem paz e eu nunca vou te esquecer, amor.

Não cabe a eu e você, cabe ao destino




Ainda não me adaptei a viver sem você; que sempre me olhava com um sorriso que eu conhecia à metros de distância. Eu penso em tudo o que a gente viveu e tento juntar as minúsculas e as maiúsculas lembranças em que passamos juntos numa tentativa medíocre de ludibriar a tristeza que faz migalhas do meu coração. Estou em casa; a sala se encontra vazia, sem ninguém para desabafar, mas em minha cabeça só há um querer; você. Eu queria acabar com tudo isso que nos faz sentir mágoa um pelo outro, de querer matar aos poucos esse amor que é imprevisível. Toda a minha vontade é ter você do meu lado mais uma vez para uma vida inteira. Possa ser que as circunstâncias não estejam favoráveis para nós dois, que os nossos atos tenham nos condenados a vida toda, que o passado esteja sempre presente em nossa memória e que a gente se sinta culpado por não fazer nada, mas não cabe a nós querer o certo, sim ao destino.

eu não consigo


Eu não consigo

Eu não consigo ver o quanto você implora para eu voltar
Desde a última vez que nos abraçamos
Senti o gosto do desgosto em minha vida

Passei por entre as calçadas
E ainda não me acostumei com a idéia
De que você não pertence mais a minha vida

Ainda que eu queira te esquecer
Eu não consigo sem você.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

irresponsabilidade.


irresponsabilidade.

Quando eu era virgem e ouvia o assunto sobre sexo, eu imaginava uma mulher bem gostosa de quatro, com seios fartos e um rosto e corpo perfeito. É legal falar assim, é o que penso. Também tinha desejo pelas minhas colegas, mas sempre às respeitei, sem falar na hora da masturbação.

Quando eu fiz sexo pela primeira vez, foi numa festa de aniversário. Eu não sabia que seria aquele dia como outro qualquer, onde eu dormia pensando no que pensar. E para falar a verdade, eu não conhecia a aniversariante.

Fui ao aniversário por intermédio de meu colega. Tinha vários conhecidos na festa, mas preferi ficar bebendo sozinho. Passaram-se algumas horas, então veio a surpresa...

--Se eu te disser que na festa eu pensei em sexo, estarei mentindo, mas eu fiquei sem motivo para pedir um preservativo ao meu colega que ia ver a namorada. Não sabia o que me aguardava. Arrependi-me amargamente por não ter pedido o “glorioso” preservativo.

A festa estava chata, muita gente e pouco ânimo. Então me direcionei ao Dj para pedir que colocasse uma música mais agitada. E foi nesse meu rápido surto de querer pedir para mudar a música que eu conheci ela. Não sei se estava ali pelo mesmo motivo que eu ou porque me viu se aproximar e veio me encantar, ou foi Deus que colocou eu e ela para se conhecer. Eu estava bêbado, e ela também, não a ponto de falar merda, então quis dar uma de responsável e legal com ela, para ver se ia me dar de bem na festa.

- Seu pai sabe que você esta assim?

- Meu pai não está na cidade!

- E sua mãe? Hmm!

- Não tenho mãe!

Não era o momento de perguntar se a mãe dela tinha morrido ou se tinha abandonado. Seria um idiota, completamente idiota.

- E seu namorado, sabe que você se encontra desse jeito?

- Eu não tenho namorado!

- Isso é bom para mim!

- Não sei... Não... Talvez!

Foi o que eu disse num olhar de grande interesse. E ela fala respondeu com um ar de “seja mais criativo, e você me leva”, com um sorriso bastante provocador. Ela voltou a encher o saco do Dj e eu fui tomar uma dose de uísque. Enquanto o uísque me queimava por dentro, olhava para ela o que ela estava fazendo. Ela dançava. E eu não sei o motivo pelo qual fiquei interessado nela mais do que antes. Ela dançava e brincava ao mesmo tempo. Sua pele era branca, mas acho que com o sol que havia tomado pela tarde, estava uma pele rosada, um sorvete de morango. Que analogia mais idiota. Mas não posso fugir da história. Pensei, virei o copo de uísque, e fui à direção dela.

- Quero ficar com você!

- Não, não dá!

Fiquei frustrado com a resposta infeliz que me dera, mas não abaixei a guarda.

- Por quê?

- Porque tenho três tias aqui, e elas estão de olho em mim!

- Se esse é o problema, vamos lá para fora. Lá ninguém vai ver nada e você pode falar que foi tomar um ar.

- Não, cara!

- Tudo bem, curta a festa!

Eu não queria ouvir isso e nem ela falar isso. Mas como eu disse: acho que foi Deus que a colocou no meu caminho. E para falar a verdade, Deus escreve o certo por linhas tortas. No local da festa só havia dois banheiros; um estava em reforma. O que estava funcionado tinha dois toaletes, e estava ao dispor de qualquer um; homens e mulheres.

Ela queria ficar comigo, mas não tinha lugar para ficar. Eu queria ficar com ela, mas não sabia um modo de convencê-la de ficar comigo na festa. Então pensei “vou dá a última cartada. Vou olhar para ela e me direcionar para o banheiro, se ela quiser, irá”.

Uma tentativa com êxito, mas ainda não tinha o que queria. Ela.

Entrei no banheiro, fiz minhas necessidades e quando sai, me bati de cara com ela. Demos risadas.

- E aí, vamos ficar? Eu to louco para ficar com você!

- No banheiro? Ta louco?

- Não vamos demorar!

- Ah, eu não sei!

Então eu tive que tomar uma atitude, porque se eu a esperasse ela falar um sim, poderia morrer esperando. Peguei-a em meus braços e dei um beijo. O primeiro beijo foi elétrico, muito agitado e com vontade, como se quisesse isso a muito tempo. Continuamos a se beijar. E beijar, e beijar. E uma força nos levou para dentro do toalete para nos sentir mais à vontade. E foi uma boa idéia. Enquanto eu deslizava em seu corpo, ela parecia estar em outro lugar, e ao mesmo tempo ligada em mim. Estávamos num ritimo frenético. Suados e com o nervo à flor da pele, fomos atrapalhados por umas garotas que estavam presentes na festa. Foi um castigo para mim. Justo quando estava mais quente do quê nunca. Enquanto as garotas falavam da festa, eu e ela nos olhávamos dando risada, e às vezes fazíamos carinho um no outro. As meninas saíram, então voltamos à nossa ficada ilícita vontade de prazer, mas praticada pela vontade e desejo de duas pessoas com álcool no sangue. Abri o zíper de minha calça. Ela começou a me masturbar, vice-versa. Ela queria transar. Não só ela, eu também. Mas a minha consciência já estava pesada. Eu estava sem camisinha.

- Cadê a camisinha?

- Não tenho!

Senti-me o cara mais burro, mais medíocre, e inútil do universo. Uma vergonha.

- Sem camisinha não dá! Vamos sair, já está na hora de eu ir. E minha tia já deve está me procurando!

- Calma, não vamos agora. Você não está gostando?

- To, mas você é foda. Como você sai sem camisinha?

- Eu não sabia que isso ia acontecer!

Voltamos a se beijar... Mais um grupo de idiota entrou no banheiro.

Demoraram mais do que deviam. E quando saíram dei graças a Deus.

Beijos, beijos, beijos...

- Você está me deixando louca, vamos parar!

- Está tão bom!

- Eu sei, mas eu não vou me controlar!

- Ta, tudo bem, pode ir!

- Você esta me dispensando?

- O que posso fazer se você quer ir?

- Eu não vou agora, venha cá!

Então a beijei e disse:

- Eu sou virgem. Só vamos fazer o que você quiser. Estou aqui para obedecer, não para lhe força a nada. Eu sei que errei imperdoavelmente, por isso não vou te obrigar a nada, só vou fazer o que você quiser. Isso inclui transar!

Passei segurança para ela, o que faltava era isso. E agora ela estava disposta a querer transar. Estávamos molhados de suor, o zíper de minha calça aberto, minha mão estava debaixo do vestido dela e o inesperado para mim, ia acontecer. Cheguei a pensar em lugares onde eu poderia transar, mas não dentro de um banheiro com alto fluxo de pessoas. Isso era a coisa mais legal de minha vida. Ela pegou o meu pênis e colocou em sua vagina.

- Me coma!

Foi o que ela disse. Enquanto a gente transava, várias pessoas passavam para usar o recinto. Mas estávamos tão ligados ao que estávamos fazendo, do que como as pessoas que passavam ali. A gente não estava ligando.

Enquanto eu estava num estado animalesco, tipo homem das cavernas ela disse:

- Não temos nomes?

- Temos, por quê? Algum problema?

- Qual é o seu?

Eu ia para cima e para baixo, e ela estava pedindo mais.

- Meu nome é Felipe, e o seu?

- Iasmim!

- Não é à toa que você parece uma flor!

- Engraçadinho!

- Você acha?

- Engraçado, gostoso e cafona!

- Não me deixe sem graça!

Bateram na porta. Era meu amigo.

- Desculpa aí, mas já está na hora. A sua tia está lhe procurando, Iasmim.

E limpem o suor que está no corpo de vocês, porque está evidente o que vocês estavam fazendo!

- Ta tranqüilo, Eduardo, já estou de saída!

Fiquei triste, mas já tinha se passado uma hora, e ela tinha que voltar para festa.

- Amanhã vai está na cidade?

- Não, vou para casa. Eu já deixei meu número em seu celular!

- Ah, então ta, quando vier aqui, avise. Sua tia deve está brava contigo, adiante!

- Tchau!

- Tchau!

Não cheguei a gozar, mas dei bastante prazer para ela, o que é bom.

Sai do banheiro e Eduardo veio direto falar comigo

- Felipe, é melhor você ir, porque a tia de Iasmim percebeu o que vocês fizeram lá e ta com a vontade de te matar. Vá para casa, que eu vou fazer sua cama aqui. Vou falar que só foi beijo e que você é um cara direito.

- Ta certo, vou para casa. Depois eu te ligo!

- Tudo ótimo!

- Eduardo?

- Oi!

- Nada não. Tchau!

- Tchau. E ver se dorme, viu?

E o resto da noite foi de risos e lembranças. Cheguei em casa, tomei banho e fui ler e pensar como a vida é imprevisível e que em situações impensáveis, temo que escolher o que é bom ou ruim. Eu só pensei no meu prazer, não nas possibilidades de perder a minha juventude ou engravida-la. Estarei mentido dizendo que me arrependi, faria tudo de novo, mas sempre que eu sair, vou pensar duas vezes dez vezes de agir.