sábado, 6 de novembro de 2010

Paul e June

June tinha o cabelo preto, a pela branca, a quinta essência e os seus lábios rosados e carnudos.

Ela era legal, meiga, amável e descontraída. Abusava na maquiagem, tinha o motivo: O seu primeiro amor...

É aquele que quando o coração sai pela goela, adianta os passos para abraçar e demonstrar todo afeto que possui, que faz planos para tentar fugir de casa e falar do bolo de casamento, aquele relacionamento que não tem rotina, é contar um para o outro todo do que gostam e, num mp3, dividindo o mesmo fone, escutar suas músicas favoritas.

Mas como a vida é um baú cheio de surpresas e que sinônimo de mudança não quer dizer melhoria...

Fui pego de surpresa. Acabou. Lágrimas queriam sair queriam sair dos olhos, mas resistiu ao golpe. O coração estava incrédulo e triste ao mesmo tempo; acelerado. Chorando, June pediu para que Paul chegasse mais perto para ela sentir pela última vez o seu cheiro.

Deu um beijo demorado e disse:

- Eu te amo e nem a eternidade fará com que eu se esqueça de você. Porque você faz parte de mim e eu faço parte de você... Só escolhemos o tempo errado, adeus.

June foi embora e Paul ficou, com sua vida normal, mas preso às lembranças do passado.

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