quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Tristeza

Veja, olhe a tristeza nos meus olhos e como me sinto ao saber que não está nada bem onde estamos. Não me sinto capaz de fazer algo visível e que faça você mudar de idéia e

abstraía todo sofrimento de nossos corações. Tudo foi repentino e traiçoeiro que me jogou, com minhas condições psicológicas, num poço sem fim. Não sou mais o mesmo, sinto saudade de casa e de minha infância; nela eram as mil maravilhas. Agora sou homem, preciso de emprego e dinheiro, tenho uma linda garota, e que pretendo cuidar dela.

Tudo é fase, creio eu. Um dia tudo ficará do jeito quero e essa tristeza vai passar...

sábado, 6 de novembro de 2010

Paul e June

June tinha o cabelo preto, a pela branca, a quinta essência e os seus lábios rosados e carnudos.

Ela era legal, meiga, amável e descontraída. Abusava na maquiagem, tinha o motivo: O seu primeiro amor...

É aquele que quando o coração sai pela goela, adianta os passos para abraçar e demonstrar todo afeto que possui, que faz planos para tentar fugir de casa e falar do bolo de casamento, aquele relacionamento que não tem rotina, é contar um para o outro todo do que gostam e, num mp3, dividindo o mesmo fone, escutar suas músicas favoritas.

Mas como a vida é um baú cheio de surpresas e que sinônimo de mudança não quer dizer melhoria...

Fui pego de surpresa. Acabou. Lágrimas queriam sair queriam sair dos olhos, mas resistiu ao golpe. O coração estava incrédulo e triste ao mesmo tempo; acelerado. Chorando, June pediu para que Paul chegasse mais perto para ela sentir pela última vez o seu cheiro.

Deu um beijo demorado e disse:

- Eu te amo e nem a eternidade fará com que eu se esqueça de você. Porque você faz parte de mim e eu faço parte de você... Só escolhemos o tempo errado, adeus.

June foi embora e Paul ficou, com sua vida normal, mas preso às lembranças do passado.

Roteiro

Era pra dar certo, mas não deu.

Saí sem saber pra onde ir,

Tentei procurar algo

Para não mais chorar

O meu jeans velho está sujo

E o meu all star branco coberto

Pela lama barreta que dá desespero.

Sou vulnerável e sou fácil

De me misturar com coisas

Que não nos deixar feliz.

Os seus lábios e seu temperamento

Nunca vou esquecer

Porque eu só lembro de você.

Estou acabado, sem dinheiro, sem emprego

E talvez também não tenha expectativa pra nada.

Estou num auge adverso, mas continuo suportando.

É cruel desejar além da conta.

Por que não me contento?

Sem resposta.

Ligo a tevê, vejo o que passa: Senhor dos Anéis.

Ótimo, que legal! Mas não tenho paciência.

Vou pro quarto.

Acendo um cigarro e olho

Pra minha prateleira de livro

E lembro que foi um presente seu.

Tenho vontade jogar pela janela

Mas não, o apego que sinto é maior.

Amor, amor, amor.

É isso mesmo o que sinto de verdade?

Quando a ferida sarar, poderei saber.

Enquanto isso, a estrada é obscura.