terça-feira, 13 de outubro de 2009

algo inesperado e bem-vindo


No ponto de ônibus num dia chuvoso entre várias pessoas aglomeradas existe duas pessoas que não se conhece e se surpreende com a atitude que vão ter...

- Ah, olá! Diz Harry

- Olá! Murmura May

E numa tentativa de continuar a conversa, Harry diz:

- Ta frio, não acha? E você esta sem casaco, quer o meu?

- Não muito. Não, não precisa meu namorado já esta à caminho.

- Então ta! Tem quanto tempo com seu namorado?

- Dois anos e meio!

- Tem um tempinho

Sem graça com o comportamento do homem, fala:

- É, um pouco.

- Mey esta com os lábios tremendo e Harry insiste em dá o casaco até ela aceita. E continua com o interrogatório relâmpago.

- Você o ama?

- Ama quem?

- Não se faça de tola. O seu namorado, é claro!

A mulher olha para ele com a face irritada, mas não sabia o que falar. Porque entre ela e o namorado existia um grande vazio. Ela não conhecia Harry, mas o rapaz parecia ler a cabeça, os pensamentos dela. May nunca fora feliz com Antoni, seu namorado. Sempre brigavam. E agora ela estava no ponto de ônibus com um cara estranho que queria porque saber de sua vida, se é que já sabia.

Ela olhou para ele e disse:

- Você não tem nada do que saber, é a minha vida pessoal! Falou ela decidida

Então Harry também fala:

- Você me parece triste e cansada de tudo. Perdoe-me se eu fui dissimulado contigo.

Ela sabe que o que ele falou é pura verdade e começou a chorar falando:

- Ele não liga pra mim. Só liga para o trabalho, faculdade, amigos, ele liga pra tudo, menos pra mim que sou sua esposa.

Harry a convida para ir com ele. May estava aos prantos.

Antoni passou para pegar a esposa, mas ela já tinha ido embora com Harry.

Chegando ao apartamento, os dois estavam ensopados de água, porque eles vieram a pé.

No caminho Harry falava:

- Não chore mais, você não precisa ficar triste por isso. Quem ta perdendo a mulher excepcional é ele.

Perderam a noção do tempo enquanto Harry contava suas aventurais na adolescência.

May ficou surpresa com o rapaz que era alegre e que parecia que a conhecia, o que lhe proporcionou um grande interesse por ele. Ela não se lembrava qual foi a última vez que estava alegre, mas sabia que agora estava.

Eles estavam molhados, então Harry lhe ofereceu um blusão a May.

Ela o olhava com desejo. Ele interessava a ela. Harry também a olhava com desejo. Então se aproximaram um do outro. O tempo estava frio, mas com o beijo, as temperaturas dos dois subiram, feito um vulcão que esta adormecido e que entra em erupção inesperadamente, sem saída para fugir. May não pensou duas vezes antes de cair nos braços de Harry, braços onde encontrou paz. Fizeram amor no sofá, no tapete, na cozinha, no quarto, em todos os cantos do apartamento existia marcas daquele amor avassalador e inexplicável.

À noite, se despediram com tristeza. May não queria ir, queria ficar e repeti a dose do amor. No caminho de casa pensara na tarde inesquecível que passara. O fato ocorrido parecia ser um sonho, um sonho que ela não queria acordar. E assim como ela não pesou duas vezes em cair nos braços de Harry, no mês seguinte abandonou o marido que nunca ligara pra ela, que nunca dera atenção, que sempre a esquecia. E com Harry ela encontrava tudo isso e muito mais. Em seus pensamentos Harry é sua alma gêmea.

Antoni chorou uma semana, um mês, um ano seguido. Não entendera o “por que” do abandono, mas esta na cara o “por que”. May e Harry não esperavam que se apaixonassem daquela forma, mas desse jeito que se conheceram viveram intensamente o prazer do amor.

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